TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS -
“ Tráfico de órgãos é o terceiro crime mais lucrativo no mundo.”
As fronteiras da medicina alargaram-se durante os últimos anos do século passado, para dimensões nunca antes imaginadas.
Este
avanço nas ciências médicas não foi, contudo, acompanhado pelo avanço
do pensamento, que, à semelhança do que já acontecera com grande parte
dos avanços científicos e tecnológicos alcançados no sec. XX, não
acompanhou esta evolução da medicina.
Quando em 3 de Dezembro de 1967 Christian Barnard, um cirurgião
sul-africano, realizou o primeiro transplante cardíaco bem sucedido num
ser humano, a sociedade civil rejubilou, por este feito científico de
grande significado para a humanidade. Mas o pensamento, mais uma vez,
não acompanhou a ciência.
Presentemente efectuam-se transplantes das mais variadas naturezas, todos os dias, a todas as horas.
É uma excelente evolução da ciência que preserva e prolonga vidas humanas.
Mas
este avanço científico trouxe consigo um outro problema: Como encontrar
órgãos disponíveis e em condições de serem transplantados para fazerem
face às necessidades dos doentes?
E logo que a escassez se instalou, surgiu o tráfico ilegal de órgãos humanos.
Muito resumidamente é a venda ilegal de órgãos humanos recolhidos em cadáveres ou em seres humanos vivos.Cada vez mais a pobreza é maior e as pessoas recorrem a métodos
inimagináveis para conseguir dinheiro, o tráfico de órgãos é um deles.
No entanto, para se chegar a tal ponto, é preciso não estar bem
psicologicamente. O tráfico de órgãos ocorre especialmente em alguns
países asiáticos com uma legislação particularmente permissiva, mas com
sistemas tecnológicos muito avançados. A diferença entre a procura e a
oferta é cada vez maior e a pressão para conseguir órgãos aumenta. A
forte procura de transplantes fez com que nos últimos anos, as
organizações delituosas internacionais dessem conta do aspecto lucrativo
deste mercado negro. Ou seja, a competitividade neste campo aumentou
cada vez mais quando se descobriu o quão lucrativo este negócio era.
A forte procura de transplantes fez com que nos últimos anos, as
organizações delituosas internacionais dessem conta do aspecto lucrativo
deste mercado negro. Este negocio cada vez mais se torna lucrativo.
Desenvolveu-se cada vez mais devido à Internet. Muitas pessoas estão
dispostas a viajar para conseguir um transplante, sem questionarem a
forma como obtiveram o órgão e sem saberem que a operação não oferece
garantias médicas, já que nem o doador nem o receptor são seguidos
posteriormente. Os traficantes de órgãos recorrem a este negócio
geralmente em locais onde a pobreza é muito grande e não olham a meios
para atingir os fins. Utilizam a fragilidade do ser humano, para lucrar,
pois a vida de uma pessoa depende do fornecimento desse órgão
possivelmente traficado. A maior parte das vezes os órgãos de segurança
não tem meios suficientes para pôr termo a este tipo de associações
criminosas, uma vez que, estas são constituídas por elementos sem
qualquer tipo de escrúpulos imunidos de grande capacidade económica, bem
como de armamento altamente sofisticado.