terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS -
“ Tráfico de órgãos é o terceiro crime mais lucrativo no mundo.”


   As  fronteiras da medicina  alargaram-se durante os últimos anos do século passado, para dimensões nunca antes imaginadas.
  Este avanço nas ciências médicas não foi, contudo, acompanhado pelo avanço do pensamento, que, à semelhança do que já acontecera com grande parte dos avanços científicos e tecnológicos alcançados no sec. XX, não acompanhou esta evolução da medicina.

Quando em 3 de Dezembro de 1967 Christian Barnard, um cirurgião sul-africano, realizou o primeiro transplante cardíaco bem sucedido num ser humano, a sociedade civil rejubilou, por este feito científico de grande significado para a humanidade. Mas o pensamento, mais uma vez, não acompanhou a ciência.

Presentemente efectuam-se transplantes das mais variadas naturezas, todos os dias, a todas as horas.
É uma excelente evolução da ciência que preserva e prolonga vidas humanas.
Mas este avanço científico trouxe consigo um outro problema: Como encontrar órgãos disponíveis e em condições de serem transplantados para fazerem face às necessidades dos doentes?
E logo que a escassez se instalou, surgiu o tráfico ilegal de órgãos humanos.


Muito resumidamente é a venda ilegal de órgãos humanos recolhidos em cadáveres ou em seres humanos vivos.Cada vez mais a pobreza é maior e as pessoas recorrem a métodos inimagináveis para conseguir dinheiro, o tráfico de órgãos é um deles. No entanto, para se chegar a tal ponto, é preciso não estar bem psicologicamente. O tráfico de órgãos ocorre especialmente em alguns países asiáticos com uma legislação particularmente permissiva, mas com sistemas tecnológicos muito avançados. A diferença entre a procura e a oferta é cada vez maior e a pressão para conseguir órgãos aumenta. A forte procura de transplantes fez com que nos últimos anos, as organizações delituosas internacionais dessem conta do aspecto lucrativo deste mercado negro. Ou seja, a competitividade neste campo aumentou cada vez mais quando se descobriu o quão lucrativo este negócio era.

A forte procura de transplantes fez com que nos últimos anos, as organizações delituosas internacionais dessem conta do aspecto lucrativo deste mercado negro. Este negocio cada vez mais se torna lucrativo. Desenvolveu-se cada vez mais devido à Internet. Muitas pessoas estão dispostas a viajar para conseguir um transplante, sem questionarem a forma como obtiveram o órgão e sem saberem que a operação não oferece garantias médicas, já que nem o doador nem o receptor são seguidos posteriormente. Os traficantes de órgãos recorrem a este negócio geralmente em locais onde a pobreza é muito grande e não olham a meios para atingir os fins. Utilizam a fragilidade do ser humano, para lucrar, pois a vida de uma pessoa depende do fornecimento desse órgão possivelmente traficado. A maior parte das vezes os órgãos de segurança não tem meios suficientes para pôr termo a este tipo de associações criminosas, uma vez que, estas são constituídas por elementos sem qualquer tipo de escrúpulos imunidos de grande capacidade económica, bem como de armamento altamente sofisticado. 


Pedro Raposo






mutilação genital feminina


Quase 2.000 comunidades na África abandonaram a prática de mutilação genital feminina, segundo o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Esse dado faz parte do relatório “Principais resultados e destaques 2011” divulgado hoje (06/02).
“Esses resultados mostram que normas sociais e práticas culturais estão mudando, e que as comunidades estão unidas para proteger os direitos femininos”, disse o Diretor Executivo da UNFPA, Babatunde Osotimehin na comemoração do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Junto do Diretor Executivo da UNICEF Anthony Lake, Osotimehin pediu a renovação dos compromissos para colocar um fim a essas práticas. “Com a ajuda da comunidade global, nós podemos abolir as mutilações genitais femininas em uma geração e ajudar milhões de mulheres a ter vidas mais saudáveis e plenas”.
Todo ano, perto de três milhões de garotas enfrentam o risco de mutilação. A maioria na África e em alguns países da Ásia e no Oriente Médio. As mutilações se referem a um número de práticas que envolvem decepar parte ou o todo da genitália externa feminina. A prática, reconhecida como violação dos direitos humanos, não traz benefícios à saúde, causa muitas dores, além de problemas a longo prazo.
O relatório mostra que por toda a África, mais de 18 mil comunidades já tiveram sessões de educação, quase três mil líderes religiosos declararam publicamente que a prática deveria se encerrar e mais de três mil veículos de mídia já cobriram o assunto. Antes dos resultados de 2011, outras oito mil comunidades já haviam abandonado a prática em 2010.


Filipe Malta n 9

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PROMUNDO

A PROMUNDO é uma livre Associação Juvenil nascida em 2009 e que actua em três áreas:
  • Educação e Sensibilização
  • Intervenção Social e Comunitária
  • Cooperação Internacional.
São alunos, professores, ex-alunos e ex-professores da Escola Secundária Avelar Brotero, localizada em Coimbra, que aprendem e aprenderam, de uma forma marcante o significado de palavras, tais como : responsabilidade, solidariedade, justiça, criatividade, capacidade de dialogar, de respeitar entre outras.


São palavras que, para todos, tiveram e continuam a ter um significado muito especial, sobretudo quando se passa das palavras aos actos.

A PROMUNDO tem como missão desenvolver projectos de solidariedade social e de cooperação para o desenvolvimento que criem laços de fraternidade entre todos os povos,  numa dinâmica de reciprocidade e através de uma convivência baseada no respeito pelas diferenças, na tolerância, diálogo, justiça, entreajuda e que sensibilize a cidadania portuguesa para ser responsável, criativa e protagonista na construção de um mundo mais justo e unido.


É isto que a PROMUNDO, alunos e professores, com o apoio de outras instituições do Ensino Secundário e Universitário  põem em prática, todos os dias, estratégias diversificadas que visam melhorar a dignidade humana concretizadas em projectos que passam do pensamento para as mãos, do papel para o terreno, e do terreno para o sr humano.

É a fusão de dois mundos num só. A DIGNIDADE HUMANA.
"Equipa" da PROMUNDO
Bandeira
Bárbara Nunes, 12ºD nr.7
Carolina Sousa, 12ºD nr. 7

A Moda e a Publicidade

A relação entre a publicidade e a moda é óbvia, principalmente na atualidade onde o fenómeno das top-models quase se transformou num objeto de estudo por parte dos sociólogos. A vida de modelo apresenta-se para muitas adolescentes como o cúmulo da felicidade: beleza, fama, êxito e dinheiro. As tops mostram-se lindas em qualquer altura, dispõem de aviões privados, viajam por todo o mundo, vêem-se acompanhadas por quem querem e cobram milhões por poucos minutos de trabalho.O tipo de atração que hoje impera é o de uma magreza extrema. Esta é a causa principal de uma enfermidade que ganha cada vez mais importância na adolescência: a anorexia, uma perturbação psíquica que leva a uma distorção, a uma falsa percepção de si mesmo. Não  se pode culpar os anúncios por causar esta patologia, mas também é um fato comprovado que o aumento dos casos de anorexia coincide com estar na moda a excessiva magreza dos modelos.
Sem chegar ao extremo da anorexia, são muitas as pessoas que se deixam obcecar pelo seu físico e investem neste muitos esforços que poderiam canalizar para outros objetivos.


Samuel Almeida
Rui Correia

Fonte:
http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo346.shtml

Características da Guiné-Bissau


A Guiné-Bissau é um país da costa ocidental de África.

Foi uma colónia portuguesa desde o século XV até proclamar a sua independência em 24 de Setembro de 1973. Em Portugal só a 10 de Setembro de 1974 foi reconhecida a sua independência. A Guiné-Bissau, juntamente com Cabo Verde, foi a primeira colónia portuguesa no continente africano a ter independência reconhecida por Portugal.

A população da Guiné-Bissau é constituída por mais de 20 etnias, com línguas, estruturas sociais e costumes distintos. A maioria da população vive da agricultura e professa religiões tradicionais locais. Cerca de 45% dos habitantes praticam o islamismo. O crioulo é a língua veicular interétnica.

A Guiné-Bissau, fortemente dependente da agricultura e da pesca, é objeto de um programa do FMI (Fundo Monetário Internacional)  para o ajuste estrutural.
É o sexto produtor mundial em castanha de caju. O país exporta peixe e mariscos, amendoim, semente de palma e madeira. As licenças de pesca são uma importante fonte de receitas. O arroz é o cereal mais produzido e um ingrediente típico e indispensável na alimentação.
A desigualdade na distribuição do rendimento é uma das mais extremas do mundo. De acordo com o Banco Mundial, 60 por cento da população vive abaixo do limiar de pobreza.

A Guiné-Bissau possui um património cultural bastante rico e diversificado. 
A dança é uma verdadeira expressão artística dos diversos grupos étnicos.
O estilo musical mais importante é o gumbé.
O Carnaval guineense, original, com características próprias, constitui uma das maiores manifestações culturais do país.



Tatiana 12º D

domingo, 12 de fevereiro de 2012



Mutilação Genital Feminina - Riscos físicos e mentais para a mulher

Os nomes da tortura são muitos: Kakia, no Togo, Sunna, no Sudão, Fanado, na Guiné-Bissau. Uma vez concretizada a mutilação é irreversível. Se a vítima sobreviver irá sofrer consequências físicas e psicológicas.

Uma manifestação na Somália contra a mutilação genital feminina. Neste país africano mais de 90 por cento das mulheres foram mutiladas
Apesar do esforço global para acabar com este crime contra os direitos humanos, a mutilação genital feminina, também conhecida pela sigla inglesa FGM, Female Genital Mutilation, continua a ser praticada em pelo menos 28 países africanos, na Ásia e no Médio Oriente.
Devido aos movimentos migratórios alastrou-se a outras partes do mundo como a Europa e a América do Norte. A Alemanha, a França, o Reino Unido e Portugal não são excepção. Vivem na Europa meio milhão de meninas e mulheres que foram vítimas desta tortura. Em todo o mundo estima-se que o número de vítimas seja entre 100 a 140 milhões.
Nalguns casos corta-se o clítoris, noutros os grandes e os pequenos lábios. Uma vez concretizada a mutilação é irreversível e se a vítima sobreviver, irá sofrer inúmeras consequências físicas e psicológicas. A curto, médio e longo prazo.
Sofrimento na hora do corte e risco da SIDA

Waris Dirie, a ex-super modelo somali, que aos cinco anos foi vítima da mutilação genital feminina e hoje é um dos rostos mais conhecidos na luta contra esta prática

Além do sofrimento atroz que a maioria delas sente no momento do corte, o doloroso processo de cicatrização da ferida é acompanhado com frequência de infecções, devido ao uso de utensílios contaminados, e dores ao urinar e defecar.
Incontinência urinária e infertilidade são outras das sequelas comuns.
O facto de serem usadas as mesmas facas ou lâminas para mutilar várias crianças acrescenta o risco de contrair o vírus da SIDA à extensa lista das consequências da mutilação.
Os bebés também sofrem

Além da mãe, também os bebés podem sofrer os as consequências nefastas da mutilação genital
Além da mãe, também os recém-nascidos podem sofrer os efeitos nefastos da mutilação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de mortalidade infantil é mais elevada em 55 por cento em mulheres que sofreram uma mutilação de tipo III (a infibulação, que consiste em fechar a abertura vaginal).
A África Oriental, onde prevalecem as excisões faraónicas, é a zona do globo com o maior índice de mortalidade de mulheres e bebés durante o parto.


Por: Ana Rita Encarnação nº2

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Entrevista a Waris Dirie

Quando e como você percebeu que a prática da circuncisão não acontecia com todas as mulheres? Como você se sentiu?

Durante o tempo em que passei na Inglaterra, percebi que nem todas as mulheres eram mutiladas. Fiquei chocada e aliviada, porque sempre soube que a mutilação feminina era errada. Fiquei aliviada por saber que havia sociedades onde as mulheres não eram mutiladas.

Quais são alguns dos problemas de saúde que as mulheres mutiladas passam?

As consequências físicas são dor crônica, infecções, problemas para urinar e durante a menstruação, infertilidade e, claro, complicações durante a gravidez e parto. As consequências mentais são mais difíceis de listar, mas acredito que é óbvio que qualquer criança que passou por essa prática cruel ficou emocionalmente traumatizada e vai sofrer pelo resto da vida.

Quando você decidiu se dedicar à luta contra esta prática? 

Eu sabia que um dia eu iria lutar contra essa crueldade, desde que ela aconteceu comigo. Claro que ser famosa e bem-sucedida como modelo me deu uma grande plataforma e, portanto, oportunidade de falar sobre a mutilação genital feminina e ser ouvida.

O título como embaixadora da ONU ajudou na sua luta contra a mutilação feminina?

Claro que foi uma grande honra ser nomeada como embaixadora da ONU. Além disso, foi um importante reconhecimento do problema da mutilação em todo o mundo. Mas, em termos de mudanças práticas, há muitos passos que dei que foram mais importantes do que o título de embaixadora. Hoje, todas as minhas atividades e projetos são organizados pela minha própria organização.

Existem países fora do continente africano com registros de mutilação feminina?

Sim, infelizmente, a mutilação é um problema global. Com a imigração, a circuncisão se espalhou por todo o mundo. Comunidades de imigrantes por toda a Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e, até mesmo, no Brasil continuam praticando a mutilação feminina. Em 2003 e 2004, pesquisei junto com a equipe do Desert Flower a taxa de predomínio da MGF nos países europeus. Mais de 500 mil meninas e mulheres na Europa foram e são afetadas pela circuncisão. Nós apresentamos os resultados para o Conselho da União Europeia, em Bruxelas. Muitos países europeus estreitaram suas leis após a apresentação.

Como foi a experiência de lançar e divulgar o filme "A Flor do Deserto"?

Foi difícil para mim ver minha própria infância, minha própria família em uma tela de cinema. Mas precisei concordar em fazer esse filme, porque sabia que atingiria ainda mais pessoas do que o livro - e foi isso que aconteceu. Muitas pessoas me escrevem e-mails dizendo que viram o filme e que ficaram comovidas com a minha história.

Mesmo tendo apenas 5 anos quando sofreu a mutilação genital feminina, você ainda se lembra daquele dia? Existe uma idade específica para o procedimento ser feito?

Claro que eu me lembro, foi o dia mais horrível da minha vida e eu nunca vou esquecê-lo. A idade em que a mutilação é realizada difere muito de país para país e, até mesmo, entre diferentes comunidades. Na Indonésia, as meninas são mutiladas ainda recém-nascidas. Na Somália, as meninas sofrem essa prática geralmente entre 3 e 5 anos. No Quênia, as adolescentes são mutiladas antes de chegarem à idade ideal de casamento.

O que te levou a fugir de casa aos 13 anos pelo deserto da Somália?

Eu fugi quando meu pai me vendeu para um homem velho para me casar com ele. Eu sabia que qualquer coisa que acontecesse comigo naquele deserto nunca seria pior do que ficar com aquele homem e viver minha vida com ele no deserto. Mas foi extremamente difícil deixar minha família para trás.

Desde o início da sua jornada contra a MGF, o mundo viu uma diminuição no número de procedimentos por ano?

Sim, os números diminuíram em muitos países, mas eles ainda são muito altos. Eu não estarei satisfeita até que essa prática seja erradicada completamente, até que nenhuma garota desse planeta não esteja ameaçada pela mutilação.


Feito por Ângela Almeida 12ºC nº5